terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Na parada certa.



O tempo sempre foi um problema pra mim; a falta ou a demora dele sempre me perseguiram. Acredito que isso ocorra com a maioria das pessoas, mas elas não param, por falta de tempo, para pensar sobre isso; ou até pensam, mas rápido, para não perder tempo. Acontece que eu desafio o tempo a me dar mais tempo, paro e jogo na cara dele que quero e posso parar para pensar sobre ele ou sobre o que eu bem entender e não será o tempo que me fará parar, até porque ele próprio não para!
Daí me jogo, me quebro, corro, corro, corro e encontro o tempo, mas nunca é o tempo que eu quero; tipo presentes de Natal, sabe?! Corremos feito loucos para comprar tudo e na hora sempre felta algo, ou fica pequena a numeração do presente, ou veio falhado ou arranhado: troca. Acontece que na vida real não existe troca. Eu, por exemplo, trocaria boas horas de sono por mais horas livres, horas pra mim, seja com amigos bebendo num bar ou sozinha, lendo meu livro do momento. Troco, troco horas de briga pela direção que deve ser tomada, por horas discutindo o futuro da humanidade. Troco longas caminhadas por viagens a lugares nunca vistos. Troco papos rápidos na parada do ônibus por conversas sinceras com velhos amigos. E novos também. Troco muitas coisas, negocio, não me importo que esteja usado, antes algo que já viu o mundo e sabe como funciona, que algo travado por falta de uso.
Agora, se tem coisa que não troco são os meus momentos vividos, eles são meus, deixe-me ser egoísta, às vezes é necessário pra preservar quem somos. E disso eu sei. Meus momentos, meus amigos, minhas histórias, minhas músicas, minha memória. Isso é tudo meu. E não empresto. Pode olhar, poucos vão ver mesmo. Mas só olhar. É meu! Cada um com o seu!
Nisso o tempo não mexe. Na memória ele pode fazer confusão quando acumulamos memórias demais, mas enqunto der pra lembrar, está valendo. Aliás, sempre vale! Vale tudo que se vive, vale tudo que se sente, sozinho ou acompanhado, a vida é nossa, o tempo é nosso.
E, tempo, tira o olho, viu!? Fica quietinho, que eu já corro demais por ti!

Um abraço, alguns segundos de ócio e até breve!

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