Posso parar no acaso.

A gente acha que as coisas (absolutamente genericamente falando. Coisas, todas elas.) vem do nada pra gente. Não tenho provas pra dizer se isso procede ou não, mas não consigo crer no acaso, tenho meus problemas com ele. Nem sempre entendemos a causa de algo vir pra gente, mesmo quando não queremos. Mas, podem notar, o que vem tem uma utilidade; nos faz pensar, parar um pouco no tempo ou lembrar de algo.
Taí. Parar no tempo. Ô coisinha que esquecemos de fazer, né?! Até mesmo porque não temos tempo pra isso ou damos um jeito de não ter. Quer dizer, parar durante um tempo nos coloca na companhia do nosso íntimo, mas nem sempre queremos isso, nem sempre estamos de bem com ele para ficarmos sozinhos. Ops, problema! Perdemos esse contato com o nosso centro, achamos, talvez, que o mundo precisa de nós e não gira se estivermos fora do ar. Ele gira e não perdemos nada, ao quase nada, se estivermos de fora.
As pessoas não se dão mais ao luxo de curtirem seu mundo, de reservar um tempo para ficarem só. E como é bom ficar só. Como é bom ficar só com um livro, só com um som, só com uma rede na área da casa, balançando ao vento. Pessoas, amigos são sempre bem-vindos, mas a solidão também é. Cada um na sua medida, na medida da felicidade. E quem pode definir essa quantidade é cada um de nós. Não há receita certa, a única certeza é que precisamos de tempo para respirar. Engolir informações sem mastigar, dá indigestão. Podemos escolher.
Um grande dia para todos, uma semana brilhante e nos vemos em breve.
Abraço.