terça-feira, 24 de maio de 2011

"Once upon a time..."


Não importa se você é um vadio, perdido pelo mundo, like a rolling stone, se não tem como ir pra casa, se ninguém te conhece, a vida apronta, te apresenta várias faces pra mesma situação e a gente só se pergunta "How does it feel?". Ah! Sei lá, às vezes sequer sentimos, mas uma coisa é verdade, quando não se tem nada, não se tem nada a perder, então o negócio é seguir em frente.
Culpar os outros pelos nossos erros é errar mais ainda. E se você não quiser mais trabalhar com a Maggie, saia. A fazenda dela não presta, de qualquer forma.
Não adianta remoer o passado, o futuro nos abana, basta seguir a estrada. A resposta de tudo, meu amigo, está sendo soprada no vento.
70 anos de um mito não poderia passar assim como o vento, fica a minha lembrança ao aniversário de Bob Dylan, que com sua poesia crítica e bela encanta gerações e as coloca em frente à heaven's door. Que o Tambourine Man toque um bela canção pra ele!

Mais um para a coleção


Nós colecionamos saraus! E para todos que têm essa mania absurda como a nossa, sejam bem vindos! E para os que não têm, também! Afinal, não colecionar já é colecionar nada! E todos colecionamos momentos, guardadinhos na caixinha da memória ou na gaveta funda que é a nossa alma.
Por isso, o Sarau com Café apresenta "Os colecionadores" e convida todos para quinta-feira, às 19h e 30min, aparecerem em Taquara, para dividir mais esse momento conosco, abrindo as caixinhas, mas cuidando para que nada escape.
Abraço e até breve!

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Deslizamentos do tempo

Um segundo.
Um segundo que pareciam horas.
E há horas eu já não sentia
o que aquele dia me fez sentir.
É que tudo um dia parte.
Vai embora, parte em dois
E cada lado se separa.
Norte e Sul afastam-se
Não sei qual a direção
que aquele sentimento tomou.
Se partiu de barco ou avião.
Ele foi
E não existem mais chances de voltar.
Sobraram os sinais dele
Escritos pelo avesso no passado.
Provando que tudo muda.
Até a certeza da própria mudança.
Pois, quem sabe eu tente...
Quem sabe eu conserte meu velho relógio cuco
e tente voltar no tempo.
Será que o sentimento volta?
A cada volta dos ponteiros
um sorriso ou uma lágrima.
Dois segundos.
Foi o tempo que durou
o velho sentimento que voltou.
Voltou e novamente partiu.
Pois, como já se sabe,
Tudo um dia parte.
Tudo muda.
E deixa muda uma voz
que antes falava alto.
E contava.
Contava nos dedos das mãos
Os segundos que teimavam em não passar.
E hoje passaram.
Até demais.
E sem volta.
Adeus, meu relógio cuco!

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Once

Sabe quando algo, aparentemente longe de ti, gruda e passa a fazer parte do teu ser, completando um espaço com beleza, leveza e sentido. Isso até parece amor. E deve ser mesmo.
E é exatamente disso que falo, pois é disso que fala um filme, antigo já, de 2006, mas que não tinha caído ainda na minha mão, porque acredito que as coisas têm momento para surgirem em nossas vidas e domingo passado foi o momento desse filme. Falo de "Once", um filme simples, barato, com trilha sonora sublime, atores europeus, quase um musical, com uma alma linda. A história é singela, o amor entre um cantor de rua e uma vendedora de flores, que canta e toca piano como um anjo. Num clima de amor puro, amor amigo, amor musical, amor humano, nada de carnal, absolutamente nada, os dois passam a se descobrir. Têm momentos que torcemos pelo romance entre os dois, mas depois percebemos que o melhor aconteceu. O romance universal aconteceu. Lindo.
Mas o que me enche a alma a semana toda é a trilha sonora do filme. MEU DEUS! Não paro de escutar, vozes sinceras, vindas dos céus, ou de dentro da alma, de longe, de um lugar onde nada mais importa, só o sentimento. Chega a doer de tão sincero.
Mais do que recomendado, "Once", ou na tradução, Apenas Uma Vez, lava os olhos e a alma.

Um abraço em ritmo musical e até breve!