quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Quero uma poesia que rasgue
Que arranque as tripas e as faça coração
E deixe-as jogadas no chão
pulsando,
vermelhas,
vibrantes.
Quero um  poema que sangre o meu amado
Que faça ele finalmente ver
E entender sem legenda
O que em tantas línguas eu falei
Quero, amor, que doa fundo
somente pelo fato de ser  verdade
Pois a verdade dói mais que o amor
O amor é de verdade
Quem ama está aos pedaços
E o que sobrou de quem ama ainda sorri ao sangrar
Finalmente um amor de verdade
E não de plástico.

Um brinde à verdade e ao amor, por que não?! Um abraço e até mais!

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Não mexe com a bruxa!



Não mexe com a bruxa!
A bruxa perdeu o seu gato preto.
Hoje nem os morcegos vão voar
Vassoura num canto
Sequer o canto da coruja se ouve
Só murmúrios
A bruxa chora a falta
E os fantasmas se comovem
Lençóis brancos encharcados de chorar
Hoje é luto.
Tudo é preto
Como o gato que se foi
Até a lua entende isso
E perdoa a bruxa,
que não voará hoje ao luar
A natureza sente
E o vento acaricia a face de bruxa
Que a chuva leve o gato preto
Pois um dia ele volta pra bruxa
Que o espera com o caldeirão a ferver
Vai gato, volta pra casa
E depois vem contar pra bruxa
como é o lado de lá
A bruxa, que tudo sabe, sorri
E aguarda paciente seu gato voltar.
Adeus gato preto da bruxa!
Até logo!

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Leve como ontem





Leve como pluma
Leve
Deixe
Pese
Ou flutua
O amor mexe
E a gente se perde...
Mexe com a alma
Que pesa de tanto sentir
Mexe com o corpo
Que flutua sem pensar
Mexe com as mãos
Que procuram o amado
Mexe com os olhos
Que, como todos os outros sentidos,
se reviram
Numa viagem rápida,
Sem volta prevista
O amor paga a passagem
E nos embarca
E embriaga
Um drink, dois
Mais cinco
E no 8 eu faço o infinito virar
Se segura no amor
E vai
Deixa ele te embalar
Solta,
Que ele te busca.
Prende,
E ele te leva longe.
Flutua, queima,
Cobre com gelo
E assopra no final.
O amor é ferida
E cura
É a resposta para uma pergunta
que nunca chegamos a fazer
O que é amor mesmo?


Assim mesmo, um abraço e até breve!

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Abraços em calda de chocolate

 
       Nos encontramos em meio a um paradigma; estamos discutindo ideias filosóficas e de aplicabilidade social num ambiente virtual. Para mim essa situação é bastante complicada. Somos atropelados diariamente por um caminhão de informações e temos que saber nos recuperar desses acidentes, recolher a carga a ser absorvida e continuar vivendo, mais do que isso, criar nossas concepções de mundo e opinar sobre tudo; na faculdade, no trabalho, em casa, com os amigos, família, todos exigem nossa participação, mas nós mesmos não sabemos ao certo quem somos ou para onde estamos nos dirigindo.
       É certo que a informação corre mais facilmente com o mundo virtual, mas algo deixa de ser compreendido nesse meio. Penso que a tela confunde nossos olhos e a lágrima que deveria hidratar nossa visão seca pois a luz exagerada do computador nos impede de chorar. Mas aí me contradigo; eu não estava fazendo uma crítica ao exagero de informações do meio digital?! Estou num blog! Alou?! Mas vivemos nesse mundo e não há mais modos de fugir. É um meio de fácil troca de informações e de busca por conhecimento. Ocorre que não é o único, ainda precisamos do contato físico, do olhar, do ouvir de vozes, ainda precisamos perceber e receber a verdade do olhar do outro. Essa é a maneira mais certa de captar informação, olho no olho, várias vozes ao mesmo tempo e não “tec-tecs” de teclado. Pode me chamar de cafona, mas ainda acredito em encontros e na necessidade do pessoal. Por isso, se quem aqui lê, me conhece, peço que me ligue, me faça uma visita, olhe para mim e espere uma resposta, certamente eu terei algo a dizer, nem que seja “me mande um e-mail!”.
 
Sobre a imagem: sim, eu já fiz essa campanha. Abraços Grátis é algo maravilhoso, não importa se é conhecido, cheiroso, alto ou careca; abraçar é captar a pessoa, é sentir de verdade, é transmitir energia e receber carinho. E de graça ainda! Computador nenhum faz isso!


Um abraço e até breve!