quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Os deuses estão vivos!


Ainda estou em êxtase, ainda sinto as melhores dores musculares possíveis, minha garganta dói feliz, o show de ontem me maltrata de felicidade!
Sim, o show do Sabbath era tudo que eu esperava e mais, muito mais! Eu já estava cansada, o Ozzy continuava a agitar no palco (aliás, como ele bate palmas bem! hehe!)! O show foi lindo, o repertório perfeito, o Tony é um Sir, quanta classe! Foi tudo definitivamente lindo!
Mas voltando ao meu passado, lembro de, quando criança, dizer que o Ozzy era meu pai. Sim, nós tínhamos um quadro lindo dele, com óculos azuis, sentado majestosamente, fato, lindo daquele jeito só podia combinar com a minha amada mãe! hehe! Mas ontem, ainda durante o show me dei conta duma coisa, o Ozzy (ou o Geezer ou o Tony, tanto faz) não é meu pai, ele é pai de todos nós! Pai de todos que se sentem próximos dele e das canções dele. A música faz isso, aproxima, deixa a gente mais confortável, talvez mais revoltado, fato, mas sabendo que existem mais como nós, existem "pais" que nos entendem e nos abençoam de cima do palco. AH, esse foi outro momento inesquecível, o Ozzy abençoando a todos nós durante o show. Quem mais? Quem mais pode fazer isso com tanta faculdade? Quem mais tem esse dom, essa magia, essa sabedoria pra lançar sobre nós sua experiência e amor através da música? 
O show de ontem é histórico, pode ter sido a última turnê deles (por favor que não seja!), a saúde do Tony agora é frágil, aliás, ali só o Ozzy eu penso ser imortal! Mas o importante é que milhares de filhos ontem foram abençoados por poucos minutos e hoje e pra sempre, certamente, serão felizes. "Poucos minutos?", aí pensamos. Foram anos escutando dezenas de vezes cada disco, cantando enlouquecidamente cada refrão, tocando junto os riffs! O show de ontem foi só a certeza de que não estamos sozinhos e nosso pai continua a nos abençoar de cima do palco!

E no fim tudo que posso dizer é Thanks guys! 

E pra me despedir, deixo as palavras deles: "I don't believe that God is dead!"
Não, eles os deuses estão bem vivos! E ontem deram show!



Abraços Sabbathianos a todos! Yeeeeah!

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Caiu, mas era de pedra!


Ops!
Caiu!
Deixei cair meu coração de pedra.
Foi sem querer,
Olhei pro lado e foi.
Caiu.
E o que eu achei que fosse de gelo,
Se mostrou mais forte,
Era rocha mesmo.
Um granito, na verdade.
Mas antes de tudo, meu coração!
Cada pulso cristaliza uma emoção.
E se hoje ele está tão duro,
não culpe o quartzo, mas o tempo.
O tempo não poupa ninguém
Erode tudo
e deixa somente um coração caído.
Um coração de pedra
                        entre tantos clastos.
Rolando, pulsando e sabendo
               que aqui na Terra tudo tem seu tempo.
Tempo de criar,
Tempo de cristalizar,
Subir à superfície e se mostrar.
Aí que tudo pode cair
Cair e também achar seu lugar.
Somente a queda possibilita o transporte.
E livres podemos rolar
Like a rolling stone
Ou como quisermos.
Deixei cair, sim
Na verdade já era tempo,
                             coração de pedra.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Olhos que tudo sentem

Claro que eles não sabiam
Não tinham como saber
Mas quando eles se viram pela primeira vez,
                                                        sentiram
Aí foi só o tempo agir,
só eles se reencontrarem
Os olhos combinaram de rever.
E como eles pediam pra olhar sempre!
É incrível!
Incansavelmente apaixonados esses olhos!
Que, influenciados pelo coração, lacrimejam de saudade
Mas ouvem o sentido às vezes
Então sabem que logo estarão juntinhos de seus amados olhos
Olhos que tudo sentem.


Vejam mais! Até breve!

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Do bruto ao belo


       Essa sequência de fotos foi feita num momento de observação. Estávamos trabalhando na área, numa mineração próxima, e fomos visitar um artesão que mora nas cercanias. O trabalho rude espanta no início, ácido, tintas, poeira por todos os lados. No entanto as fotos comprovam as maravilhas que de lá saem. O que poderia estar habitando o fundo de aquários ou canteiros caseiros está sendo exportado como joia para países europeus.
       O belo se esconde, às vezes, no bruto. É preciso mais que mãos sensíveis, é necessário um olho que capte a  essência da beleza escondida no interior de um geodo. Podemos pensar o geodo como o coração de alguém. Por mais fechado que este possa estar, o que se esconde dentro dele pode nos surpreender, assim como esses cristais.




                            













De presente, a sensibilidade.
Abraço e até breve!



terça-feira, 7 de maio de 2013


Após a chuva


Se eu paro
Não paro de verdade
Mas quem disse que eu parei?
Foi o tempo, foi?
Pra ele eu estou sempre parada
Ou foi a tempestade da tarde de hoje,
Que paralisou meus olhos ao clarear o céu?
Pois não acredite
Aqui estou eu,
Correndo como sempre
Minhas mãos não me deixam parar
A caneta quer música
Quer o baile em plena terça-feira
Quer dançar e fazer poesia
Que só de brisa não se vive
E que brisa a tarde fez hoje!
Mais que vento
Mais que chuva
O que caiu foi um pedaço do céu
Bênção em forma de tempestade
Levando nossos medos embora
E deixando o sorriso se abrir
Quem não ri ao cair da chuva, pois?
Nem eu, que parada estava, resisti
Voltei ao movimento ao me molhar com o céu
A água move
Muda e carrega
Espero um fluxo que me leve longe
E me mostre que a tempestade ainda (m)olha por nós.

quarta-feira, 27 de março de 2013

Na paz




       O homem ainda não entendeu quase nada sobre a vida. Sacamos muito de evolução e genética, mas a vida em sociedade ainda nos é estranha. Muitos vivem apenas para manter as questões óbvias, comer, se hidratar, habitar um lar, manter família. Outros vivem porque é o mais lógico, apenas continuar o que nossos pais iniciaram, muitas vezes sem sequer quererem. Mas se olharmos pro lado veremos mais, veremos bem mais que nosso próprio umbigo, bem mais que nossa própria bolha. Sim, existe um mundo aqui ao lado e ele tem muitos como nós. Como nós ou bem diferentes de nós. Sim, diferenças existem, mas elas somem se olharmos mais profundamente.
       Viver bem exige mais que simplesmente se manter e manter as contas em dia e a casa limpa e o cachorro escovado e o jornal em cima da mesa. Viver bem exige que todos possam viver. E tome “viver” pelo que bem quiser, pois viver pode ser simplesmente existir (como se existir fosse realmente simples! Ah, pensamento humano diminuto!) ou construir castelos, sejam eles de areia, concreto ou páginas de cartas de amor.
       E mais, viver bem deve ser coletivo. Para que um possa estar bem, é necessário que todos ao seu redor e também os ao redor deles e os ao redor dos outros também, possam estar bem; sorrindo ou não, mas bem, com o coração em paz, com os passos calmos, com a mente leve. Não basta estar feliz sozinho, a felicidade deve ser mútua, deve ser contagiante e ela é contagiante. Problema é quando a pessoa que a recebe está fechada. E muitas coisas podem fechar alguém, problemas vêm de todas as partes. O segredo é a forma como reagimos a eles e damos um jeito de continuar e tentamos, da forma que der, sorrir ou continuar a caminhada.
       Viver bem exige o bem. Exige pessoas de bem. Exige que todos entendam suas próprias limitações e saibam lidar com elas e não permitam que descuidos cotidianos tirem a paz que reina no bem entre as pessoas. Viver é fácil, difícil é manter o controle.
       
Pois, já desejando uma boa Páscoa a todos, deixo essa reflexão aqui. Não sabemos direito o que ocorreu na Páscoa, sabemos o que livros, traduzidos de forma duvidosa e contada por gente igualmente duvidosa, nos contaram, mas sendo como foi, essas histórias mexem conosco, mexem e desestabilizam a paz interna da qual eu falava antes. Se a história realmente fez com um homem da paz o que se conta, bom, ficarei bastante abalada, quase a ponto de desmanchar meu sorriso e chorar de dor e pena de quem algum dia invadiu várias bolhas e quebrou o amor que reinava. Mas a gente continua, por um motivo ou outro continuamos.

Um bom feriado, boas reflexões nessa Páscoa e que a paz e o amor estejam sempre ente nós. Um abraço e até breve!

sexta-feira, 15 de março de 2013

Leve, o vento que me leve.



Acordei.
Estava difícil dormir com o sol nos olhos.
Ventou aqui dentro
As árvores avisaram
Ventou lá fora também
E eu segui o vento
Me deixei levar
Sopra o vento
Sopra o peito
Que busca por onde pulsar
Um respirar e eu me embalo
O vento me leva pra onde quer
Quer eu queira ou não
Não há chance
Não há obstáculo
Somente o vento a me levar
Se eu não fosse tão leve...
Mas a mente de papel...
e esse coração-balão!
Sopra o vento e lá se vão...
Corre coração!
Que da mente faço um barco
e coloco meus desejos lá dentro
Pode o vento voltar,
quem não volta sou eu!


Que o vento leve todos vocês! Abraço e até breve!

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Assim, na estrada.


Como é que a gente conta uma história que não quer ser contada?
Como é que a gente inventa o próprio destino pra ser feliz?
Como as estrelas iluminam tanto, mas aqui são tão fracas?
Quem conta e revela segredos não somos nós,
É o tempo.
Quem mexe com estrelas e costura o destino é o velho e sábio tempo.
Sorte de quem estiver na estrada dele,
Esse pega carona
e aprende a contar histórias.
Quem conta o tempo, dele já se perdeu.
O tempo não se perde nunca
Mas perde alguns por aí
E quem se perde do tempo se prende na história
Aumenta seus pontos
E vira o personagem principal
Aí fica fácil ser feliz
As estrelas ficam no caminho do “contante”
E piscam cada vez que este sonha
Enquanto o tempo brinca em serviço
Os perdidos se encontram na estrada.


Abraço e até breve!


                                                           
Na foto, uma perdida observa a bela manhã dos Andes, na fronteira Argentina/Chile.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

De volta então! Woo hoo!




De volta! Mas que bom! As voltas podem deixar-nos tontos, mas também proporcionam uma segunda (ou milésima) vista do ponto; é bom ter várias visadas, assim como várias interpretações e questionamentos sobre o bendito ponto.
E para essa volta eu desejo um novo ano cheio de poesia, pois significa que ainda estou deixando minha alma respirar, cheio de questionamentos, pois assim estarei crescendo, cheio de risos, pois estarei entre amigos, cheio de corridas, assim faço muitas coisas e saio de um só lugar, cheio de descanso, pois será merecido após tanto trabalho e principalmente cheio de brindes, pois estarei com meus amores bebendo a alegria de viver!
Desejo também tudo isso e mais, muito mais, tudo que vocês, que agora estão aqui lendo, podem desejar. Porque acredito, sinceramente, que desejar é metade do caminho de conseguir. Desejar é tomar consciência do que queremos e deixar o Universo saber. Pois deixemos o Universo saber, deixemos ele ouvir e ver todas nossas vontades. Que nesse novo ano estejamos todos bem próximos do Cosmos, bem perto do alto, bem perto dos nossos maiores e melhores desejos! É lá no alto que a realidade mora. Voemos pra lá!

Abraço bem apertado e até breve! Um baita 2013 pra todos!