sexta-feira, 27 de abril de 2012

Sobre a verdade e algo mais...

A verdade é ácida
Então se tu tem tem medo de te queimar
O melhor é criar histórias
E mentir pra si mesmo.
Se por acaso a verdade surge sem avisar
Marca como ferro quente
Ou como tatuagem crua.
O que pode ser bom...
Mas a surpresa sempre assusta
E nem todos arriscam descobrir.
Pois eu quero a verdade
Aquela como chuva fria
caindo no rosto
numa noite de inverno
Pra te despertar!
Pra te deixar atento!
Pra lembrar que está vivo
Que a gripe pode chegar
Só depende de nós
E não só a gripe,
Muito mais.
A verdade traz muito mais
tanto que nem entendemos
A gente não sabe,
Pensa que sabe
E se engana.
Toma café com açúcar
E adoça, enganado, a vida
Que já tem doce demais!
Deixa a verdade doer!
Deixa ela te marcar!
Não é normal viver assim
Normal é se enganar
Viver do óbvio
A verdade não é bonita
Ela não te acaricia no final do dia
Ela não diz que te ama
Ela joga o amor
E se joga nos teus braços!
Ela é mais
Ela mostra mais
Só que nem todos estão prontos pra ver
Sentir é algo restrito
De verdade, sentimento é pra poucos.
É o que eu sinto.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

A imagem do dia!



Ok, pode não ser tão cedo assim, mas logo cedo a manhã trouxe boas surpresas, como essa imagem.

Um ótimo dia!
Abraço e até breve!

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Para um pré-feriado fica bem bom citar um boêmio.



Maquiavel é um dos escritores mais maquiavélicos (sério?!) e devassos de que se tem registro. E o que torna Maquiavel respeitável é justamente sua imoralidade, vale perder alguns minutos e tentar entrar nessa mente. E pra provar que até os obscenos amam, vai esse golpe de escrita:


Quando um dos melhores amigos de Maquiavel, Vettori, pediu conselhos a respeito de um caso amoroso, Maquiavel foi explícito:

"Lembrando o que as setas do Amor me causaram, sou obrigado a lhe dizer o quanto tenho lidado com ele próprio. De fato, eu o deixo fazer o que ele gosta e o tenho perseguido por colinas e vales, florestas e planícies; descobri que ele me concedeu mais encantos do que eu poderia atormentá-lo para ter. Portanto, tire o arreio, remova o cabresto, feche os olhos e diga: "Vá em frente, Amor, seja meu guia, meu líder; se as coisas acabarem bem, o prazer te pertencerá; se acabarem mal, a culpa é tua, eu sou seu escravo."



Agora, vai saber o que era o tal de "amor" dele. Mas como até hoje ninguém sabe bem ao certo o que é o amor (e tantos se enganam nessa hora!), fica a questão aberta à interpretações, como tudo na vida e como boa parte da obra de Maquiavel e de tantos outros.

Já citei o boêmio da vez, então deixo vocês a sós.
Bom feriado e até breve!

PS: Na foto, retratando o "amor", membros dos Jokers, gangue de Nova York, nos anos 50. Foto de Bruce Davidson.