quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Até onde vai. Se eu for...



Preciso falar sobre o Natal, os dias passam e eu esqueço disso; tanta coisa na mente, só o Natal me foge (bem que poderia trocar uma letra nessa palavra...), penso num tapete novo, penso na biografia do Scott Weiland que eu quero, penso na cor do esmalte que vou usar, penso em um dos fones de ouvido que acabei de queimar (Hell!), mas no Natal, nada...
Agora pensei no chimarrão frio que estou tomando.
Raios... nada disso tem a ver com Natal...
É normal sentir algo diferente, falar de coisas boas, rememorar o ano que passou e planejar o próximo, mas eu ainda não sinto. O ano não acabou pra mim. Estranho. Não sou assim. Eu mudo no Natal. Eu sinto o Natal. Luzinhas me fazem chorar de emoção. Vermelho e verde formam uma grande combinação pra mim. Em recente ida ao shopping, para a vergonha das amigas que me acompanhavam, eu me despedia com um "Feliz Natal" para cada vendedora que nos atendia. Ainda acredito nisso tudo, só não sinto.
Li hoje que o cérebo se acostuma com as coisas e já não dá tanta atenção ao que se repete, mas o meu cérebro nunca foi tão independente; sempre consultou o coração antes de proceder! Não quero me acostumar ao Natal! Quero viver cada Natal achando tudo lindo e absorvendo a história (verídica ou não) com todo seu significado!
Espera...
Estou sentindo algo... a luz falhou (o velho índio do Castaneda diria que foi um sinal!), sim, um sinal de que a tempestade se aproxima, vai chover aos montes, o céu escurece. Mas não é isso. Ou não é SÓ isso.
Ao parar pra tentar sentir o Natal, algo me animou. Deve ser isso, eu não tinha parado ainda! Aaai, a velha briga com o tempo.
Me sinto mais leve, posso sorrir a qualquer momento, para qualquer um, até para a parede. "Olá parede! Como você está bela hoje! Mudou de cor? Está com um brilho diferente...". Só a natureza mesmo para me fazer parar e simplesmente sentir. Só sentir. Como Kerouac e os beats todos fariam. Estou sentindo. O Natal. O vento. A música (mesmo que em um fone só). As cores. Tudo que me cerca fala, vibra. Estão todos vivos! E comemorando o Natal!
Pois que assim seja! Um Natal vivo pra todos! Cheio de sensações novas para ativar o cérebro, cheio de baladas pra embalar os corpos, cheios de sorrisos para pulsar os corações e cheio de alegria para gerar abraços!
Um abraço, o desejo de um Natal abençoado e até breve! E que venha 2012 com todas suas promessas!

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Na parada certa.



O tempo sempre foi um problema pra mim; a falta ou a demora dele sempre me perseguiram. Acredito que isso ocorra com a maioria das pessoas, mas elas não param, por falta de tempo, para pensar sobre isso; ou até pensam, mas rápido, para não perder tempo. Acontece que eu desafio o tempo a me dar mais tempo, paro e jogo na cara dele que quero e posso parar para pensar sobre ele ou sobre o que eu bem entender e não será o tempo que me fará parar, até porque ele próprio não para!
Daí me jogo, me quebro, corro, corro, corro e encontro o tempo, mas nunca é o tempo que eu quero; tipo presentes de Natal, sabe?! Corremos feito loucos para comprar tudo e na hora sempre felta algo, ou fica pequena a numeração do presente, ou veio falhado ou arranhado: troca. Acontece que na vida real não existe troca. Eu, por exemplo, trocaria boas horas de sono por mais horas livres, horas pra mim, seja com amigos bebendo num bar ou sozinha, lendo meu livro do momento. Troco, troco horas de briga pela direção que deve ser tomada, por horas discutindo o futuro da humanidade. Troco longas caminhadas por viagens a lugares nunca vistos. Troco papos rápidos na parada do ônibus por conversas sinceras com velhos amigos. E novos também. Troco muitas coisas, negocio, não me importo que esteja usado, antes algo que já viu o mundo e sabe como funciona, que algo travado por falta de uso.
Agora, se tem coisa que não troco são os meus momentos vividos, eles são meus, deixe-me ser egoísta, às vezes é necessário pra preservar quem somos. E disso eu sei. Meus momentos, meus amigos, minhas histórias, minhas músicas, minha memória. Isso é tudo meu. E não empresto. Pode olhar, poucos vão ver mesmo. Mas só olhar. É meu! Cada um com o seu!
Nisso o tempo não mexe. Na memória ele pode fazer confusão quando acumulamos memórias demais, mas enqunto der pra lembrar, está valendo. Aliás, sempre vale! Vale tudo que se vive, vale tudo que se sente, sozinho ou acompanhado, a vida é nossa, o tempo é nosso.
E, tempo, tira o olho, viu!? Fica quietinho, que eu já corro demais por ti!

Um abraço, alguns segundos de ócio e até breve!