quarta-feira, 8 de maio de 2013

Do bruto ao belo


       Essa sequência de fotos foi feita num momento de observação. Estávamos trabalhando na área, numa mineração próxima, e fomos visitar um artesão que mora nas cercanias. O trabalho rude espanta no início, ácido, tintas, poeira por todos os lados. No entanto as fotos comprovam as maravilhas que de lá saem. O que poderia estar habitando o fundo de aquários ou canteiros caseiros está sendo exportado como joia para países europeus.
       O belo se esconde, às vezes, no bruto. É preciso mais que mãos sensíveis, é necessário um olho que capte a  essência da beleza escondida no interior de um geodo. Podemos pensar o geodo como o coração de alguém. Por mais fechado que este possa estar, o que se esconde dentro dele pode nos surpreender, assim como esses cristais.




                            













De presente, a sensibilidade.
Abraço e até breve!



terça-feira, 7 de maio de 2013


Após a chuva


Se eu paro
Não paro de verdade
Mas quem disse que eu parei?
Foi o tempo, foi?
Pra ele eu estou sempre parada
Ou foi a tempestade da tarde de hoje,
Que paralisou meus olhos ao clarear o céu?
Pois não acredite
Aqui estou eu,
Correndo como sempre
Minhas mãos não me deixam parar
A caneta quer música
Quer o baile em plena terça-feira
Quer dançar e fazer poesia
Que só de brisa não se vive
E que brisa a tarde fez hoje!
Mais que vento
Mais que chuva
O que caiu foi um pedaço do céu
Bênção em forma de tempestade
Levando nossos medos embora
E deixando o sorriso se abrir
Quem não ri ao cair da chuva, pois?
Nem eu, que parada estava, resisti
Voltei ao movimento ao me molhar com o céu
A água move
Muda e carrega
Espero um fluxo que me leve longe
E me mostre que a tempestade ainda (m)olha por nós.