terça-feira, 7 de maio de 2013

Após a chuva


Se eu paro
Não paro de verdade
Mas quem disse que eu parei?
Foi o tempo, foi?
Pra ele eu estou sempre parada
Ou foi a tempestade da tarde de hoje,
Que paralisou meus olhos ao clarear o céu?
Pois não acredite
Aqui estou eu,
Correndo como sempre
Minhas mãos não me deixam parar
A caneta quer música
Quer o baile em plena terça-feira
Quer dançar e fazer poesia
Que só de brisa não se vive
E que brisa a tarde fez hoje!
Mais que vento
Mais que chuva
O que caiu foi um pedaço do céu
Bênção em forma de tempestade
Levando nossos medos embora
E deixando o sorriso se abrir
Quem não ri ao cair da chuva, pois?
Nem eu, que parada estava, resisti
Voltei ao movimento ao me molhar com o céu
A água move
Muda e carrega
Espero um fluxo que me leve longe
E me mostre que a tempestade ainda (m)olha por nós.

Nenhum comentário:

Postar um comentário