Ainda com a rebeldia que cria e inspirado em Jack Kerouac, com seu Livro dos Sonhos, o Blog dos Sonhos tenta transformar ideias em manifestações e poesia. Já que sem poesia não se vive, façamos aqui uma meditação em volta de novas ideias, tidas a partir de conceitos claros e antigos, como a liberdade e o amor. Esse é um espaço livre, o Blog dos Sonhos convida todos a sonhar em conjunto. Aqui é possível!
sexta-feira, 15 de junho de 2012
O engano da certeza
Nada como uma certeza para nos enganar
Tomar juízo nunca foi meu forte
Sempre preferi o rum.
Sabe como é...
Se eu tomar juízo terei certeza do que faço,
Se eu tomar um porre
me encho de dúvidas
junto com a ressaca do outro dia.
Se a certeza me toma
sei que errei em algum lugar
E voltar para descobrir seria pior
Vamos deixar a dúvida cuidar disso!
Dose dupla de vodka!
Hoje eu não tomo jeito!
De volta ao mundo real?
Se eu puder, não quero não!
Por mim eu ficava longe
Longe,
onde só o que eu sei importa.
Não é a aparência,
não é a beleza,
nem o sorriso.
É o momento.
Em cada momento, longe, cabe mais.
Não aposto na certeza,
Eu aposto na distância.
A saudade é que dosa a vodka.
Quanto mais, mais eu crio.
E me complico.
Mas não explico.
Pulo o poema,
viro a página.
Minha poesia mais me entrega do que me salva.
Mas eu me entrego
Não fujo não.
Diga agora minha pena!
Que pena, eu não ligo pra isso!
É aí que eu sigo,
Sem rima, sem rumo, sem fogo
Aposto no que a distância me traz.
A estrela torta da noite
O traço não coordena
E não fecha a estrela
Deve ser o céu nublado
Ou o frio que me impede de abrir a janela
A noite segue injusta
Frio nos pés
Frio nas mãos
E mais no coração.
Traço torto
Entorta tudo.
Ideias que seguem uma linha imaginária
A linha não é torta,
a linha sequer existe.
Linha que tricota e borda
Não pinta,
só borda.
Às margens de algo inimaginável.
Imaginem o azul,
numa noite sem estrelas,
Fria.
Estupidamente escura e fria.
Congelando planos,
atos e desatinos,
nunca as ideias
Que, loucas, surgem em poemas soltos
Presos pela linha que não existe.
Uma costura de ideias vãs
Perdidas numa noite solitária
É a velha solidão que me acompanha
Há anos é a solidão que lê os meus poemas
Lê e compõe em co-autoria
Eu tenho o traço torto
A solidão pega em minha mão
e escreve
Acariciando meus pensares
com sua frieza tentadora.
Ó doce solidão, não me abandone nunca mais!
E não fecha a estrela
Deve ser o céu nublado
Ou o frio que me impede de abrir a janela
A noite segue injusta
Frio nos pés
Frio nas mãos
E mais no coração.
Traço torto
Entorta tudo.
Ideias que seguem uma linha imaginária
A linha não é torta,
a linha sequer existe.
Linha que tricota e borda
Não pinta,
só borda.
Às margens de algo inimaginável.
Imaginem o azul,
numa noite sem estrelas,
Fria.
Estupidamente escura e fria.
Congelando planos,
atos e desatinos,
nunca as ideias
Que, loucas, surgem em poemas soltos
Presos pela linha que não existe.
Uma costura de ideias vãs
Perdidas numa noite solitária
É a velha solidão que me acompanha
Há anos é a solidão que lê os meus poemas
Lê e compõe em co-autoria
Eu tenho o traço torto
A solidão pega em minha mão
e escreve
Acariciando meus pensares
com sua frieza tentadora.
Ó doce solidão, não me abandone nunca mais!
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