Quero uma poesia que rasgue
Que arranque as tripas e as faça coração
E deixe-as jogadas no chão
pulsando,
vermelhas,
vibrantes.
Quero um poema que sangre o meu amado
Que faça ele finalmente ver
E entender sem legenda
O que em tantas línguas eu falei
Quero, amor, que doa fundo
somente pelo fato de ser verdade
Pois a verdade dói mais que o amor
O amor é de verdade
Quem ama está aos pedaços
E o que sobrou de quem ama ainda sorri ao sangrar
Finalmente um amor de verdade
E não de plástico.
Um brinde à verdade e ao amor, por que não?! Um abraço e até mais!
Ainda com a rebeldia que cria e inspirado em Jack Kerouac, com seu Livro dos Sonhos, o Blog dos Sonhos tenta transformar ideias em manifestações e poesia. Já que sem poesia não se vive, façamos aqui uma meditação em volta de novas ideias, tidas a partir de conceitos claros e antigos, como a liberdade e o amor. Esse é um espaço livre, o Blog dos Sonhos convida todos a sonhar em conjunto. Aqui é possível!
quarta-feira, 31 de outubro de 2012
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
Não mexe com a bruxa!
Não mexe com a bruxa!
A bruxa perdeu o seu gato preto.
Hoje nem os morcegos vão voar
Vassoura num canto
Sequer o canto da coruja se ouve
Só murmúrios
A bruxa chora a falta
E os fantasmas se comovem
Lençóis brancos encharcados de chorar
Hoje é luto.
Tudo é preto
Como o gato que se foi
Até a lua entende isso
E perdoa a bruxa,
que não voará hoje ao luar
A natureza sente
E o vento acaricia a face de bruxa
Que a chuva leve o gato preto
Pois um dia ele volta pra bruxa
Que o espera com o caldeirão a ferver
Vai gato, volta pra casa
E depois vem contar pra bruxa
como é o lado de lá
A bruxa, que tudo sabe, sorri
E aguarda paciente seu gato voltar.
Adeus gato preto da bruxa!
Até logo!
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
Leve como ontem
Leve como pluma
Leve
Deixe
Pese
Ou flutua
O amor mexe
E a gente se perde...
Mexe com a alma
Que pesa de tanto sentir
Mexe com o corpo
Que flutua sem pensar
Mexe com as mãos
Que procuram o amado
Mexe com os olhos
Que, como todos os outros sentidos,
se reviram
Numa viagem rápida,
Sem volta prevista
O amor paga a passagem
E nos embarca
E embriaga
Um drink, dois
Mais cinco
E no 8 eu faço o infinito virar
Se segura no amor
E vai
Deixa ele te embalar
Solta,
Que ele te busca.
Prende,
E ele te leva longe.
Flutua, queima,
Cobre com gelo
E assopra no final.
O amor é ferida
E cura
É a resposta para uma pergunta
que nunca chegamos a fazer
O que é amor mesmo?
Assim mesmo, um abraço e até breve!
terça-feira, 2 de outubro de 2012
Abraços em calda de chocolate
Nos encontramos em
meio a um paradigma; estamos discutindo ideias filosóficas e de aplicabilidade
social num ambiente virtual. Para mim essa situação é bastante complicada.
Somos atropelados diariamente por um caminhão de informações e temos que saber
nos recuperar desses acidentes, recolher a carga a ser absorvida e continuar
vivendo, mais do que isso, criar nossas concepções de mundo e opinar sobre
tudo; na faculdade, no trabalho, em casa, com os amigos, família, todos exigem
nossa participação, mas nós mesmos não sabemos ao certo quem somos ou para onde
estamos nos dirigindo.
É certo que a informação
corre mais facilmente com o mundo virtual, mas algo deixa de ser compreendido
nesse meio. Penso que a tela confunde nossos olhos e a lágrima que deveria
hidratar nossa visão seca pois a luz exagerada do computador nos impede de
chorar. Mas aí me contradigo; eu não estava fazendo uma crítica ao exagero de
informações do meio digital?! Estou num blog! Alou?! Mas vivemos nesse mundo e
não há mais modos de fugir. É um meio de fácil troca de informações e de busca
por conhecimento. Ocorre que não é o único, ainda precisamos do contato físico,
do olhar, do ouvir de vozes, ainda precisamos perceber e receber a verdade do
olhar do outro. Essa é a maneira mais certa de captar informação, olho no olho,
várias vozes ao mesmo tempo e não “tec-tecs” de teclado. Pode me chamar de
cafona, mas ainda acredito em encontros e na necessidade do pessoal. Por isso,
se quem aqui lê, me conhece, peço que me ligue, me faça uma visita, olhe para
mim e espere uma resposta, certamente eu terei algo a dizer, nem que seja “me
mande um e-mail!”.
Um abraço e até
breve!
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