sábado, 3 de setembro de 2011

Luz, câmera, solidão!

A vida não é filmada;
sofremos em plena solidão.
E a dor é só nossa.
Dividimos as lágrimas, os problemas,
mas a dor continua lá.
E não adianta fugir,
Não adianta ocupar o tempo com besteiras,
A cabeça pensa no que passou sem esforço algum.
Como um bumerangue,
Vai longe e volta,
para nos atingir pelas costas,
quando menos esperamos.
A falta, o vazio, não serão preenchidos.
Pelo contrário,
cada vez abrimos mais talhos.
E no escuro, sofremos sozinhos.
Abraçados na dor,
disfarçada de travesseiro.
E apertamos a dor,
para extinguí-la,
mas ela permanece ali,
firme, a nos observar.
E continua ao nosso lado,
debochando das tentativas estúpidas
de tentar esquecer.
Ela somente tem pena
dos poemas sofridos que criamos.
Quando escrevemos é a dor que nos abraça e consola,
criando conosco o texto.

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