terça-feira, 23 de agosto de 2011

Sambando a despedida

Deixe o vento soprar,
Deixe o castelo ruir,
Deixe o tempo passar,
Que eu decido onde ir.

Se eu vou, posso não voltar.
Com malas prontas a esperar,
Me embalo e sigo pro sul.
Daí que eu começo a cantar.

Não vou nem me despedir,
Saudades, sei que vou deixar,
Deixo também uns corações,
Desses nunca vou me curar.

O tempo arranja outra vez,
Gira e volta a cantar.
De tempos em tempos, eu sei
O destino volta a cruzar.

Quem canta e distorce canções
Pode nesse mundo chorar.
Guarde bem junto seu coração,
Não o deixe por aí se assanhar.

No embalo desse violão
Já vou me esquecendo do tempo,
Aquele velho safanão,
Me tenta pra ver se’u aguento.

E eu, que já não sou boba,
Danço e saio de mansinho.
Pego a mochila e vou,
Sozinha achar meu caminho.

Pela estrada vou cantando
Melodias leves pra sambar.
Em cada passo uma certeza,
A música vai me guiar.


Abraço e até breve!

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