sábado, 25 de fevereiro de 2012

Quando o carnaval acaba

É tanto amor,
É tanta dor,
É tanto sentimento gasto em vão.
Sinto tanto, tanto,
Tudo junto.
Penso que posso explodir!
Aí, BUM!
Nasce o poema.
É quando recolho meus cacos
cheios de sangue do chão
(pois eu sambo em cima deles!)
e escrevo,
costurando uns nos outros;
caquinho com caquinho.
Uns brilhando ao sol,
outros teimando,
querendo voltar a sentir.
Mas o que passou, passou.
São retalhos,
remendos numa memória viva.
Vivo.
E de vez em quando me cubro com esses mantos
quando o frio vem.
Sinto nova frente fria.
Mas jogo a manta no chão,
Sacudo a poeira antiga,
Sinto tudo novamente.
E crio novos brilhos.
Eles podem quebrar,
ou não.
O carnaval vai passar, eu sei,
Assim como tantos amores.
Mas de verdade,
só dessa vez,
eu queria preservar o que sinto.
Num sorriso meio disfarçado,
Num olhar que foge pro lado,
mas que volta,
pois só assim é que ele pode brilhar.


Ok (suspiro), até breve!

Um comentário:

  1. Ai, que lindooooo! Suspirei, também, entre os meus próprios caquinhos, sempre remendados para recomeçar. Bjãooo

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