sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Encontro


Eu viro,
Disfarço,
Mas já ouço o destino chamar
Entendi o que devo fazer
Mas olhei para o alto e assoviei
Fiquei parada
Parada como há tempo estou
E assim fico o quanto puder.
Mão no bolso,
Acho um bilhete
Uma passagem antiga
O destino me agrada
Talvez eu pegue novamente esse ônibus
É quando eu ouço a canção certa
Até o destino esquece de mim ao ouvir
Certas canções enganam até o tempo
A poesia tem disso
Não tem tempo,
Não tem rédea
Acontece e ninguém segura
Até parece amor!
Eu aproveito e fujo
Deixa o destino esperar por mim
Quando a música acabar estarei longe
E ele, perdido.
Mais uma vez escapei do destino
Não sei quantas vezes mais escapo.
Enquanto puder, disfarço
Não me entrego ainda não
Não conheço meu destino
E nem quero conhecer
Um dia paro e conversamos
Agora vou tomar um ar (num bar)
longe daqui.


(A imagem faz referência a Salvador Dali, é uma cena da animação "Destino", de 2003, que utiliza a obra de Salvador Dali e John Hench. Fica aqui minha lembrança a Dali, que daqui ou dali também enganava o destino.)

Um abraço e até breve!

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