Em meio ao caos,
A arte vem como um suspiro da realidade
O que é real provoca ao clamar por atenção
Vemos muito, vemos quase tudo,
mas há poeira
e nossos olhos marejados não conseguem entender
Interpretamos a imagem, mas falta luz
Lemos a placa, mas não conhecemos a língua
Conversamos, mas somos mudos para muitos
Não precisamos de redes, precisamos de praças
Não queremos fóruns, queremos auditórios
Não mais fotografias, mais presença
O mundo não espera por nós, ele cresce
Nós observamos
mas não acompanhamos
O medo nos tranca o portão
coloca cadeado e tudo
Somos hackers de computador,
mas quando o assunto é coração, mal sabemos a senha
Pedimos mais
o mundo nos dá
Precisamos aprender a ver
Precisamos de escolas do sentir
O cotidiano não vem com manual
mas o mundo cobra resultados
afastando a realidade
e nos mostrando o que não queremos ver
Paremos.
Deixemos o ar entrar pela janela
Levar nossas frustrações
E deixar somente o brilho nos olhos
Que esses buscarão o caminho
Livre de medo, livre dos outros,
mais próximos de nós mesmos e de nossos irmãos.
Com mais liberdade, um abraço e até breve!
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