quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Vista estreita numa parede longa



Em meio ao caos,

A arte vem como um suspiro da realidade

O que é real provoca ao clamar por atenção

Vemos muito, vemos quase tudo,

mas há poeira

e nossos olhos marejados não conseguem entender

Interpretamos a imagem, mas falta luz

Lemos a placa, mas não conhecemos a língua

Conversamos, mas somos mudos para muitos

Não precisamos de redes, precisamos de praças

Não queremos fóruns, queremos auditórios

Não mais fotografias, mais presença

O mundo não espera por nós, ele cresce

Nós observamos

mas não acompanhamos

O medo nos tranca o portão

coloca cadeado e tudo

Somos hackers de computador,

mas quando o assunto é coração, mal sabemos a senha

Pedimos mais

o mundo nos dá

Precisamos aprender a ver

Precisamos  de escolas do sentir

O cotidiano não vem com manual

mas o mundo cobra resultados

afastando a realidade

e nos mostrando o que não queremos ver

Paremos.

Deixemos o ar entrar pela janela

Levar nossas frustrações

E deixar somente o brilho nos olhos

Que esses buscarão o caminho

Livre de medo, livre dos outros,

mais próximos de nós mesmos e de nossos irmãos.



Com mais liberdade, um abraço e até breve!

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