terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Em movimento

Depois de um turbilhão,
a calmaria é certa
Venta pouco então.
Fica tudo calmo.
Calmo até demais...
Então esquenta novamente
                          o que por pouco repousou
Esquenta e mexe
E move o que na verdade nunca parou.
Parar é certeza.
Parar é aceitação.
E a única certeza aqui é a dúvida
Por isso o movimento.
Pega o caderno e põe na bolsa.
Logo o trem vai passar
E quem fica não descobre o novo.
Há algo esperando depois da esquina
A luz em excesso não deixa ver
Mas eu uso óculos escuros
E tomo o rumo até lá.
O andar ajeita as coisas
a mente, o mundo.
E tomar um rumo é preciso
Um não,
dois ou três talvez.
Pois o vento anuncia a tempestade
Basta controlar o peito
                            e o navio.

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