terça-feira, 13 de maio de 2014

Entre um problema e outro poema

Não existem poemas problemáticos
Existem leitores desatentos
Que não percebem que aquele "opa!"
continha mais de 130 versos
Abandone, pois, essas linhas
Elas são de quem não pensa
Não pense por 15 segundos
Sinta.
Respire, leia e sinta.
15, 30 ou 120 anos
O tempo para de agora em diante
Só passa se quiser.
Se eu quiser queimo lenha
ou alguns neurônios...
Leitores desatentos
Queimem alguns
Os meus queimaram quase todos
Agora usam o que resta
                               para sentir
Dois,
nós dois,
os meus todos,
mais os teus.
Nossos.
Todos num só entoar.
Problemas sem fim
Poemas sem alento
Eu aqui à toa
E tu, meu leitor, desatento.
Existirá problema
ou somos nós a rir de nós mesmos?
Piada repetida
         dezenas de vezes.
Mais duas cervejas
e esquecemos de tudo
O poema continuará aqui
E nós, problemáticos, a pensar
Seremos nós simplesmente a contar?
Ou o mundo, aos poucos, a se revelar?
Que sejamos o que for.
Ontem, agora,
problema e sempre
Eu, tu,
poema e longe.

Nenhum comentário:

Postar um comentário