sexta-feira, 8 de julho de 2011

Entre um cigarro e um chiclé, uma parada.

Foi num desses momentos que em ninguém espera nada,
Quando estamos jogados no mundo,
Banhados pelo sol
E acariciados pelo vento.
Não se ouvia nada,
Nada além da conversa das árvores.
Até os pássaros pararam para ouví-las.
Foi assim, sem aviso, nem notícia.
Um cara parou do meu lado
E me ofereceu um cigarro.
Eu agradeci e disse que tinha parado.
Além do mais, estava mascando um chiclé de menta.
Não quis perder o doce momento.
O cara me falou sobre andanças mundo afora,
"andarilho louco", pensei.
Olhar fixo, vestimenta simples.
Falar forte, convicção ao gesticular.
Batemos um papo.
Coisas de bêbado,
falar da vida.
Aí do nada, o cara acabou o cigarro,
levantou e disse:
"Segue em frente, meu! Boa sorte!"
E foi-se.
Nunca mais o vi.
Mas digo algo, e com certeza,
Não existem olhos como aqueles!
Aquele cara não era daqui.
São coisas que acontecem naqueles momentos
em que ninguém espera nada.
É quando a esfera gira
E o Cosmos conspira a nosso favor.

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